O Banco Mercantil afirmou, em comunicado interno enviado aos bancários nos últimos dias, que as entidades sindicais “se mantêm inflexíveis” nas negociações do acordo do Programa Próprio de PLR, iniciadas em maio e ainda em andamento. A representação dos trabalhadores, no entanto, enfatiza que essa mensagem não corresponde à verdade.

No texto, o Mercantil diz ainda que “tem flexibilizado a proposta em pontos cruciais”, inclusive com redução da meta atual de lucro líquido, e lamenta o “impacto” no fechamento da proposta de PLR 2024.

“A verdade que o banco não disse é que está irredutível quando questionado sobre o aumento descomunal da meta de lucro e que não aceitou uma redução dentro da razoabilidade, além de persistir em uma gestão abusiva”, enfatizou Maria Aparecida, a Cida, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS).

Nos últimos meses, o movimento sindical tem recebido denúncias de funcionários do banco relacionadas ao descaso e ao desrespeito do Mercantil com os trabalhadores, incluindo prática de ranqueamento de funcionários, que é proibida pela cláusula 39 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “Nossa proposta é para que o banco diminua a perspectiva de crescimento, o que não foi aceito, e por isso ainda estamos negociando” completa Cida.